Casamento Diferente
- stepcesar
- 28 de nov. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 30 de nov. de 2024

No domingo dia 10 de novembro de 2024, era um fim de tarde nublado, conforme o serviço de meteorologia estava previsto um risco de chuva fina intermitente.
Chegamos por volta das 5:30 da tarde no endereço situado no Brooklyn, bem próximo ao rio Hudson. O Brooklyn é umas das cinco divisões da cidade de Nova Iorque, as outras quatro são: Manhattan (chamada de New York City), Queens, Staten Island e Bronx, dentro de cada divisão (chamadas Boroughs) existem mais divisões que eu classificaria como bairros e ainda existem outras divisões que eu chamaria de condados, ex: moramos no King´s County (o mesmo que o Brooklyn, mas foi criado para facilitar a administração governamental) e o bairro que moramos é Williansburg também no Brooklyn.
É muito comum fábricas e depósitos desativados que atualmente estão sendo utilizados na maior parte pelos chineses que armazenam mercadorias trazidas de seu país de origem para distribuição na cidade e arredores. Outros locais desativados estão sendo transformados em residências, em sua maioria habitados por americanos de sairam de Manhattan e também vindos de outros cantos do país.
Na rua West, endereço do cerimonial, é um destes prédios transformados em locais comerciais e possue cinco andares e ainda tem o sexto piso que serve hoje em dia como um observatório (acredito que no passado servia de escritório ou uma espécie de penthouse). A vista deste andar é muito bela, de lá avistamos o rio Hudson e Manhattan.
A cerimônia iniciou exatamente às 6hrs, horário marcado no convite (mensagen de Whatsapp), sim o convite foi enviado e recebido por mensagem de Whatsapp.
O local da cerimônia foi no quinto andar, saindo do elevador (bem antigo) entramos direto num vasto salão onde foram feitos arranjos para viabilizar o acontecimento. O altar foi inventado perto da parede oposta à entrada do salão, edificado com plantas ao redor e um tapete simples e bonito forrando o piso feito numa espécie de cimento senão ardósia, cafeiras foram colocadas num desenho similar às existentes em capelas e pequenas igrejas, eram duas fileiras ficando a parte central disponível para a passagem das pessoas que chegavam e principalmente os noivos.
Como disse, no horário estipulado, o noivo aparece no recinto provavelmente vindo do elevador (estávamos no quinto andar) ou de alguma sala secreta existente no local.
O noivo, um jovem de uns trinta anos de idade, aparentemente, vestindo um terno bem cortado e cor bem discreta, usava gravata e sapatos pretos. O jovem com o cabelo amarrado (rabo de cavalo) por serem bem longos e irreverentemente com as unhas das mãos pintadas de preto.
Logo em seguida aparece a noiva dentro de uma indumentária própria para a ocasião, uma moça alta de beleza regular, arrastando a longa cauda do seu vestido em direção ao altar.
Os convidados que estavam todos sentados nas cadeiras enfileiradas, levantaram-se e na sua maioria munida de seu celular, explodindo seus flashes digitais capturando fotos dos noivos no momento da entrada de cada um.
No altar já estava o juiz de paz (como chamamos, pois casamento precisa muito de paz) representado por um amigo do noivo que obteve licença para torná-lo apto a executar tal tarefa.
O “Best Man” (padrinho) foi o cachorro criado pelo casal, de raça Husky, muito bonito e bem adestrado, um perfeito “gentlement”.
Após a cerimônia o Husky de nome Max ficou solto entre os convidados que eram servidos pelos garçons que caminhavam pelo salão (eram muitos garçons) que distribuiam salgadinhos e petiscos deliciosos, enquanto os convidados iam tomando posição em seus devidos lugares nas mesas montadas de improviso. No canto do salão havia uma mesa que era guarnecida com queijos, salames, bolachas e outras iguarias como pequenos sanduiches (hamburger, cheeseburger, etc)
Um “Open Bar” (bebida livre de qualquer pagamento, exceto as gorjetas que eram depositadas numa jarra em cima do balcão) estava disponível aos convidados. Atrás do balcão havia um “bartender” (atendente) que preparava os “drinks” aos sedentos convidados, aliás um ótimo serviço. No canto direito do balcão havia um barril de vidro ou acrílico com água potável e copos descartáveis ao lado.
Me servi de “bourbon” (whisky tradicional americano geralmente feito a partir de algum cereal) e muita água.
Sim, havia mesas para acomodação dos convidados, como disse antes de improviso, por sinal parecidas com aqueles tablados em cima de cavaletes em volta do salão, as cadeiras utilizadas como assentos de capela foram transferidas para as mesas como disse, improvisadas, ficando a parte central toda livre, onde Max passeava e saboriava o que lhe era oferecido.
Neste mesmo espaço central caminhavam os garçons e garçonetes com suas respectivas bandejas guarnecidas de iguarias servindo convidados, além do serviço em trânsito também paravam aqui e ali a serviço de quem estava sentado.
Entre o altar e o início das mesas (tablados) no lado esquerdo se instalou o “DJ” (nada melhor do que música no ambiente), ali instalou sua mesa de som tocando boas músicas com alguns toques de Rock´n´Roll, entre elas, como exemplo “Mettalica”.
Nos divertimos por ali por umas três horas e chamamos o famoso Ubber após nos desperdirmos dos noivos, do Best Man e de alguns convidados conhecidos.
ACA
Nov 2024








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